quinta-feira, agosto 12, 2004

protejam a paisagem e o camandro

No regresso das férias de verão com os meus pais, onde fiz um estudo intensivo juntamente com um estágio na ilha de Mallorca, consegui formular a minha opinião quanto ao topless e ao nudismo em geral praticado nas praias. Do ponto de vista de utilizador, acho muito bem que a malta se descontraia e se ponha à vontade para apanhar os seus banhos de sol como bem entenderem, mas do ponto de vista de observador, acabo por não engraçar muito com o conceito. À primeira vista toda a gente acha graça a ver uns rabos/umas mamas/uns "peluches" ao léu, mas depois de algum tempo já não tem assim tanta graça. Nem os tipos com ar de "...Tudo bem, menes? Bora lá ao café?" me faziam rir com as suas tangas à leopardo. Fartei-me de ver as tristes figuras que tantas pessoas fazem: É penduricalhos sem pelos, rabos com dobras medonhas que até deixam marca do sol no corpo, mamas que vão até ao joelhos, etc. Muito raramente aparece alguém que até vale a pena ver nú, mas na minha opinião ao ver uma rapariga que não conheço completamente despida (cuspida!?) perco grande parte do interesse. Já não a vou tentar imaginar nua, pois já a vi tal e qual ela é, e assim nada fica deixado à imaginação. Penso que isso é errado, pois se eu não imaginar algo antes e a vir logo como é, não tem metade da piada. É comparável a receber uma prenda não embrulhada, algo que a mim tira muito o gozo de a receber. É não fantasiar com o que se vai receber no Natal porque já se viu a prenda que, naturalmente, sabe muito melhor se for surpresa.
Acho que é preferível ver as meninas em bikini ou fato-de-banho porque acaba por funcionar um pouco como arame farpado a fazer de cerca. Protege a paisagem sem a danificar.

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