quarta-feira, abril 08, 2009

A cuspidela do Dragão

É notável a capacidade que o Dragão tem de cuspir em tudo aquilo que não presta. Naqueles que já não conseguem arranjar mais argumentos, por mais patéticos que sejam, para denegrir a sua imagem, para relativizar e minimizar os seus êxitos. Para tudo isto o FC Porto tem tido resposta pronta. Como? Ganhando. Convencendo... e em campo. Que é sempre a melhor forma de calar os "anónimos" prontos a meter a cabecinha de fora sempre que têm uma pequenina oportunidade... Como é que isso se consegue? Com uma enorme capacidade trabalho. Com uma excelente organização a nível técnico, mas também a nível organizativo. Com profissionalismo, com competência. Com a permanente consciência de que só competindo no limite das forças, suando, sofrendo, sem perder tempo com lambidelas pacóvias e cada vez mais ridiculamente cansativas, se conseguem atingir os títulos e as devidas compensações por eles conquistados. Sem adormecer acordado, à espera que surja um "Pai Natal" (ou outros seus colaboradores) capaz de produzir o "milagre". Só assim se torna possível, ano após ano, resistir a várias contrariedades, entre elas a obstinada e permanente campanha anti-FC Porto, uma exaustiva e cansativa luta contra os seus alegados poderes macabros e ocultos (como se tudo o que resta para além do FC Porto no futebol português seja um oásis de rectidão, bons costumes, gente impoluta, incapaz de cometer qualquer batotice, ou de recusar que a façam para seu proveito próprio). Pelos vistos continua a ser difícil de entender que é nestas batalhas que o FC Porto se sente melhor. É nelas que o clube e a sua cada vez maior massa adepta se inspira e se alimenta para lutar com cada vez mais afinco, em prol de uma causa que para todos eles é cada vez mais nobre: "A Vitória!". Como símbolo de afirmação de personalidade, de prestígio internacional, de cada vez maior capacidade de aglutinação popular, quer em Portugal, quer em países de expressão portuguesa. Não por imposição ou por qualquer obrigação familiar, mas como forma de marcar terreno... porque são indiscutivelmente mais fortes, mais poderosos e, por isso, ganham mais do que os outros. É disso que o povo gosta: de vencedores! A jornada europeia de Manchester foi gloriosa, (igual a muitas outras que nos últimos 20 anos o FC Porto tem repetidamente conseguido), deixando orgulhosos os verdadeiros amantes do que de melhor o futebol português é neste momento capaz de produzir. O resto... é "chover no molhado"... é mais do mesmo! Esta jornada não merecia, por isso, ser despachada para segundas caixas de informação desportiva, dando lugar, em primeira instância, às crises existenciais de alguns habituais protagonistas, num exercício de minimização e de branqueamento que até pode agradar a meia dúzia de "cromos" mas que envergonha todos aqueles que não deixaram de se sentir orgulhosos pelo que viram, não olhando a mais nada que não tenha sido a enorme qualidade da exibição portista e, em especial, a sua permanente "atitude", a tal expressão tão difícil de mastigar! Também eu me associo a uma cuspidela generalizada contra tanta cegueira! Quer passe ou fique nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, parabéns FC Porto! E obrigado pela noite fantástica de Old Trafford... entre outras, claro!

Paulo Garcia Jornalista

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